quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Molinha

Há coisas óbvias que me deixam molinha: cheiro no cangote, cafuné, cerveja na praia, massagem nos pés, dançar juntinho. Há canções e filmes que fazem isso de forma também evidente, quer dizer, você escuta  "amor vem me tirar da rede, amor vem me tirar a sede" e já sabe exatamente do que se trata né?

Mas há coisas outras que parecem ter conexão direta e não explicável com meu corpo. A voz do Wilson Simonal é uma dessas. Eu escuto a voz do Simonal primeiro nos quadris. Quando começa a cantar/falar/sussurrar, o que seja, já dá vontade de balançar o corpo, de remexer, requebrar, já fica tudo mais morno, mais certo, mais pronto. E não depende da letra da música, não depende mesmo. Não precisa ter nenhuma insinuação de sensualidade, não precisa ter duplo sentido, não precisa ter promessas. Só precisa a voz e meu corpo já se faz carne. Como na canção Sá Marina...é começar e já me dá vontade de rodopio, de ficar tonta, de cair em abraços.

Ele tem ritmo, suingue, molejo, sei lá o termo pra dizer que sua voz ultrapassa as avaliações bonita/afinado/intenso ou qualquer outra definição que não leve em consideração isso: o corpo responde. Ouvir Simonal não é uma experiência estética, apenas, é uma vivência intensa e física.

E é sempre assim... escuto Samarina e fico molinha, molinha. No ponto. Já escutou?

3 comentários:

Nanica disse...

Adooooro!! Mas só liguei o nome à voz quando ouvi...

Lori disse...

Eu tbm fico molinha, molinha com Sá Marina!!! Será que é efeito especial dela?
kkkkkkkkkkkkkkkkkk

Sheryda Lopes disse...

Vou atrás de conhecer Simonal só por causa deste texto.


Adorei o blog! Volto com certeza!