Como os mais próximos sabem e os outros estão prestes a descobrir, desde que nos despedimos do cafofo eu não tenho espelho. É isso aí, entra dia e sai dia e eu não faço idéia de como está meu rosto, cabelo, roupa, etc. Eu me visto e penteio e pronto. Voilá, eis-me pronta pro mundo. Não sinto falta. Eu me sei e pronto. Ou, talvez, ao contrário, eu me desconheço tanto que imagens não me podem indicar nada.
Mas há espelhos outros pra mim. O olhar, amigo ou desejante, este me é caro. As palavras carinhosas. O inesperado elogio. Estes são os reflexos que me interessam e me indicam. Sou vaidosa, não há nisso nenhum engano. Tal como Clarice, gosto que me digam bonita. Mas esta beleza encontrada em quem queremos bem, não aquela proveniente de um modelo estranho a mim (estranho no sentido de distante, não-relacionado, ah, vocês entenderam).
E, roubando antecipadamente, uma das idéias do post de hoje do borboletas (não tem jeito, continuo bandida), tem outro espelho que gosto, preciso, dependo mesmo. O espelho que Diogo Nogueira canta lindamente como seu próprio pai já cantava: Assim, sem perceber, eu era adulto já (...) E que vontade de tocar viola de verdade e de fazer canções como as que fez meu pai...Não dá pra escrever mais que tal ouvir?
PS. Quero dizer desde já que esse tal de Diogo Nogueira é meu número certinho e que ele querendo eu quero. Pois é, vai que esse post chega aos olhos dele, é bom deixar tudo às claras, né?
3 comentários:
1. A cara do papis, adorei, assim como adoro pensar que cada um de nós, a seu jeito, somos reflexo deles... Ou, como cantaria Elis, "ainda somos os mesmos e vivemos como nossos paááááááaaaaaaaiiis..."
2. Difícil chegar aos olhos do Diogo Nogueira, mas já tentou mandar um email?
Eu posso garantir que ela não tem espelho, apesar da Lica ter! rsrs
Dani, pois é, a Lica é um tantinho mais vaidosa...
Lica, eu vi numa entrevista que ele não é chegado a computador e tal...será que dá pra descolar o endereço e mandar uma carta?
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