terça-feira, 26 de outubro de 2010

Sobre imãs, magnetismo e atração

A única máxima que pode explicar o meu casamento, dentre todas as teorias e teoremas que regem o mundo, é: os opostos se atraem. Fora isso, nada realmente explica esse amor.




Ah, não acredita? Vamos aos fatos:

Eu sou dilmista, ou melhor, petista. Ele, serrista e megapsdbista.
Eu sou flamenguista (ultra). Ele é vascaíno (super).
Eu adoro um monturo (de gente, de barulho, de furduço). Ele é um estilo mais calado.
Eu tenho vocação para o riso. Ele tem vocação para a zanga. (E, claro, que quando a situação inverte pra um, inverte também pro outro. Quando eu estou mega-zangada, ele está feliz da vida... vá entender!)
Se eu digo vermelho, ele diz azul. Se eu quero sair, ele quer ficar. Eu sou elétron, ele é um próton.

Tudo pra dar errado. Mas dá certo. Eu amo aquele sorriso (que é difícil de arrancar), amo a covinha, amo, amo, amo. É cheio de defeitos, mas e daí?

Ah, mas deixemos os coraçõezinhos de lado e voltemos para o motivo do post. A questão é que o nosso domingo terminou bem. Flamengo e Vasco tiveram suas chances de ganhar, chances desperdiçadas, mas terminaram empatados. Chiação de todo lado, mas fomos para cama iguais.

No próximo fim de semana, haverá um lado vencedor (o meu, apontam as pesquisas). Haverá cara feia.... mas eu estou acostumada.

(post compartilhado com meu blog pessoal)

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Acabei minha greve. Cedendo um pouco, uma vez que a Nanica publicou no blog dela e eu considerei que ela voltou à blogosfera. Quero dizer à Li Unafraid e Joie que elas não poderiam ter aderido à greve, uma vez que já são grevistas por natureza...

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Infância

Vejo meus sobrinhos rindo e brincando, ou chorando e fazendo biquinho e percebo o quanto são felizes.
Acho que fui assim também. Uma criança alegre e feliz.

Minhas fotos dizem isso, sempre leves e alegres.

Minhas mães contam que fui uma menina meiga, cheia de energia, mas não danada. Mas lembro q até a adolescência engessei o braço 18 vezes (fico pensando o que é ser danada pra elas!!).

Penso o quanto seria legal lembrar de minhas experiências e traquinagens, mas não lembro, não lembro de nadinha.

Falo de lembranças visíveis na memória. Tenho lembranças táteis, lembro da sensação de andar descalça no carpete da sala da minha casa em São Paulo, mas não da casa ou do meu quarto. Lembro do sabor das frutas do sul, morangos, pessegos, nectarinas, a salada de frutas da minha escolinha. Lembro do barulho da chuva de granizo caindo. Lembro também de cheiros, meu olfato até hoje é muito bom, sabe o cheirinho do lençol da cama de nossos pais? Acho q este é o cheiro ou a lembrança cheirosa q mais representa coisas boas; aconchego, carinho; na minha infância.
Acho realmente um barato quando as pessoas me contam em detalhes um fato que aconteceu quando eram pequenas, mas de qualquer forma todas as impressões que tenho dessa época me remetem a coisas boas, ou seja, deve ter sido muito legal viver essa época e apesar de não lembrar, desejo imensamente que todas tenham as mesmas sensações boas que eu.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

OS INCRÍVEIS III

1. A VIDA - eu simplesmente me encanto todos os dias por estar viva. Por abrir os olhos de manhã e ver que amanheceu, que o sol está lá fora brilhando e provando que ainda estou aqui. Sou grata ao Pai do Céu todos os dias simplesmente por existir.

2. A NATUREZA - A obra completa:
a força da luz do sol e sentir seu calor na minha pele,
a força do vento que sopra e sua brisa em meu rosto,
a força da água que faz brotar cada planta lá do orto,
a força do fogo que hoje castiga a mata do meu Maranguape,
a força lua que ilumina minhas noites de solidão,
a força do mar que me encanta, mas que é prenhe dos meus mais terríveis pesadelos,
a força do bicho homem que em sua prepotência acha que pode transformar a obra divina a seu bel prazer.

3. AS EMOÇÕES - ou melhor a nossa capacidade de senti-las . Amor, ódio, angústia, alegria, tristeza, compaixão... os sentimentos que nos movem ou nos paralisam, que marcam nossa razão.

4. A FÉ - na vida, no homem, no Deus de todos e de cada um; no meu Deus Pai, Filho e Espírito Santo que me faz ver com admiração e respeito tudo que acabei de contar pra vocês.

5. KKKKKKKKKKK!! AGORA O QUE É INCRÍVEL MESMO É A SAUDADE QUE EU SINTO DAQUELE GAÚCHO!!! VÊ SE PODE!!! KKKKKKKKKKKKKKKK!!!


domingo, 17 de outubro de 2010

Incríveis II: Memória, Cultura, Viagem, Sexo e Bar




1. Acho incrível dormir com o peso da cabeça do Samuel no meu ombro (lembra-me, sempre, dos tempos do filho bebê e a intimidade completa que nunca mais será resgatada, mas será sempre bela memória);

2. Incrível a cultura ocidental, filosofia, literatura, cinema, artes plásticas, música (eu não sei como seria possível eu ser eu sem ter conhecido Sartre, sem ter lido Clarice, sem ter visto Ford e Wilder, sem ter Caravaggio na retina, sem Clair de Lune nos ouvidos);

3. Incrível viajar, não ter pouso nem âncora (minha alma cigana, sempre ela);

4. Incrível o sexo, não se saber nem se conter (já diziam os sábios do Ultraje a Rigor: eu quero sexo! como é que eu vivo sem sexo?);

5. Incrível boteco, mesa de bar, lua alta, violão, farra, fantasia, boemia, batucada...E no bar falar de saudade e lembranças, falar do que lemos e pensamos, partilhar os lugares que já visitamos, dizer dos que já amamos, cantar e cantar e cantar a beleza de ser uma eterno aprendiz.



Os Incríveis!


Adoro filmes de animação, mas esse não assisti, nem sei porque, acho que foi um daqueles que Gabi assistiu com os amigos antes de mim e acabei sem companhia... bem mas vamos aos fatos aproveitei a deixa do filme pra fazer uma listinha (coisas de bosboleta), quem quiser pode vir junto.

Os 5 mais Incríveis:

1. Minha vida! É, minha vida... ela é INCRÍVEL. Um misto de acontecimentos, uma enxurrada de sentimentos mas ela é bonita, é bonita e é bonita e sabe por que?
2. Minha filha! Não podia ser diferente da mãe: hora feliz, hora triste mas sua esência é de amor, de companheirismo. Linda! Doce quando consegue, firme quando quer, ela é Gabriella.
3. Meu amor! Não, não é o sentimento, estou falando de você mesmo. Você chegou arrebatando meu coração, tivemos numa montanha russa de momentos e sentimentos mas nosso amor foi maior e hoje temos um novo momento, uma nova história...
4. Minha família! Mãe, pai, irmãos, cunhados e sobrinhos. A família que não escolhi mas que me acolhe todos os dias. Família que respeita, que está próxima, que compartilha. "Família ê, Família á, Família, Família, família, Cachorro, gato, galinha. Família, família, Vive junto todo dia, Nunca perde essa mania."
5. Meus amigos! Qualquer coisa que escreva seria pouco então vamos aos recursos:
INCRÍVEL
[Do lat. incredibile.]
Adjetivo de dois gêneros

1.
Que não se acredita; inacreditável.
2.
Difícil de se acreditar; extraordinário; inexplicável.
3.
Singular, estranho:
4. Admirável.


E quais são os seus INCRÍVEIS?

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Só Hoje - Clipe Oficial

Acho que ando com saudade mesmo!!!!!!!!!!!!

Essa música foi a primeira coisa q lembrei com H.
Estranho, muito estranho!!!
Nem eu tô me reconhecendo!
Devo tá um nojo, né Dani?

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Hepaite A

Tenho que confessar que foi o post da Lori que escreveu gaúcho em letras garrafais que me fez entrar novamente no blog. Tinha comentado com as gurias na nossa última terça insana que iria escrever sobre gauchice... mas não cumpri o combinado.... eu confesso!!!!
Confesso, Lica, mas pelas minhas contas em breve poderás escrever novamente... e os bancários não voltaram ainda!!
Logicamente, faz 1 século que não leio (sorry, folks), lí só até o final da página pra ficar por dentro.
Diferente da Danielle, achei fácil fácil uma palavra com H. To de molho faz 1 século (é isso que parece... 1 século) por causa dela: hepatite A. É uma doença causada pelo vírus HAV, transmitido principalmente por alimentos mal preparados e água contaminada. Dói, cansa e dá febre.
Com um repouso que não parece ter fim, tem ainda um aspecto que é muito chocante. Vi no wiki que o consumo de alcool deve ser abolido até pelo menos 3 meses depois das enzimas hepáticas voltarem ao normal. Espero que seja uma piada de portuga.
Barbaridade, assim o vivente não aguenta!! Bah!!

.Ao meu GAÚCHO preferido


Bom meninas,
como previ alguns posts atrás (letra A) chegou a hora do mascote voltar pra terra dele.
Sabem, ele me fez apostar em uma relação que eu nunca pensei que teria a menor condição de dar certo. Mas,sabe Deus porque, resolvi dar um crédito ao moçoilo.
Então, como na primeira vez foi aqui no blog que expus minha angústia e minha sensação de abandono, acho que nada é mais justo que aqui compartilhar com todos que ele está me fazendo mudar de opinião.
O Mauro está longe de mim fisicamente, mas consegue estar sempre tão perto!!! Estou sempre pensando nele, ou em algo que me faz lembrá-lo, e assim, como me sentir só?
Em cada mensagem, no skype, no telefone. E mais, em tudo que me faz lembrar seu sorriso, seu carinho, seu olhar.
À noite chego a ouvir sua voz ao meu ouvido com desejos de um sono restaurador e repleto de aprendizagem (porque ele acredita que cresço e aprendo dormindo).
Ou me lembro dele dizendo coisas lindas de se ouvir, gritando de forma tão espontânea seu amor aos quatro ventos, e me fazendo morrer de vergonha dessas manifestações. kkkkkkkkkkk
Não tem sido fácil pra mim abandonar minhas incertezas, meus medos...
Mas como negar um voto de confiança a quem tem feito tudo que pode pra provar que é digno dela?
De tudo isso meninas só tenho certeza de uma coisa: ELE VOLTA!!!

Então meu amor:
Obrigada por me fazer sentir tão amada, tão querida, tão especial!!!
Por me permitir me entregar a este sentimento que tem sido tão bom de ser vivido.
Tenho aprendido muito com você, a rever conceitos, a me entregar a sentimentos, a relaxar um pouco, a me cobrar menos.
Obrigada por existir na minha vida!!!
Te amo!!!


Farofeira

Quando eu era adolescente adorava ir passar as férias em São Luís - Maranhão e lembro como se fosse hoje que sempre que ia voltar pra casa no Expresso Guanabara (semi-leito porque esse negócio chic de leito num tinha pras bandas de lá não), minha tia me fazia trazer uma lata de leite ninho cheia de farofa com frango desfiado dentro.
Sabe aquele enchedor de bucho de adolescente!!!!!!!! Eu morria de vergonha!!!!!!!!! O cheiro de galinha no ônibus e todo mundo com vontade de comer, mas ninguém dá o braço a torcer, porque o mico era grande, mas o sabor tbm!!!!!!!!!! Ah! E vinha envolvido carinhosamente com dois nozinhos encima, em um paninho de prato, q depois minha mãe dava um jeito de devolver, sabe deus como.
E eu corajosamente encarava a fama de farofeira (literalmente) em nome do prazer de comer a farofa da Tia Margareth, e tinha mais, ainda vinha acompanhada de refri, maçãs e sanduiches frios de queijo com presunto. Poucos acessórios, só pra acompanhar o prato principal! Parecia que a viajem de 18 horas duraria uma semana!!!!!
kkkkkkkkkkkkkkkkk
Que saudade dessa época!!
Fui farofeira sim!!!
Com muito orgulho!!!!!!!!


Felizmente

Felizmente a vaquejada passou.
Felizmente o primeiro turno também.
Felizmente a rotina tá de volta.
Ou seja,
volto pra minha sala e meus problemas de falta d'água e queimadas.
O gaúcho volta ao Rio Grande do Sul, e eu fico mais uma vez sozinha, o q é bom e ruim. Bom porque gosto de curtir um pouco a solidão, ruim porque não gosto curtir muito a solidão nem de ter saudade.
As minhas crises alérgicas da época do caju também estão de volta.
E o só miolo de pote volta a fazer parte do meu cotidiano. Prometo q agora boto meus posts em dia!!!
Como disse: A rotina está de volta!!
Bjs a todas

sábado, 9 de outubro de 2010

Hipótese

E se...pois é, e se ficarmos quietinhas, cada uma em seu lugar, achando que esse lero-lero não é com a gente e só esperando o dia de ir votar e acabar com esse ba-fa-fá? E se, por hipótese, claro, não formos pra rua com adesivos e bandeiras e nem entrarmos em debates porque, sabe, não é legal fazer confusão com os amigos e a eleição já vai passar? E se não espernearmos, não esbravejarmos, não nos irritarmos com as mentiras e difamações da campanha porque afinal nossos problemas pessoais são tão mais importantes que esse lance de Presidência da República?

São muitos ses. Muitas escolhas. Hipóteses a serem consideradas. O que eu acho? Simples assim: se não estamos dizendo sim é porque estamos dizendo não. Se ficamos quietinhas arrombam nossos portões e destroem nossos jardins, já alertava Neruda. Se não vamos pra rua estamos dando o direito que outros usem nossa voz e nosso espaço. Se colocamos nossas questões pessoais à frente das questões sociais não podemos reclamar quando os políticos fazem o mesmo e legislam em causa própria. 

Para mim não há hipótese nem escolha. É hora de fazer de Dilma a primeira mulher Presidente do Brasil. É hora de garantir que uma política de inclusão social e erradicação da miséria continue. É hora de demonstrar apoio às políticas voltadas à educação como a interiorização das Universidades e o ProUni. É hora de entender e apoiar um Estado Laico que atente para os direitos humanos. É hora de lembrar que é mesmo uma luta entre privilegiados e nós, e que há, ainda, muito a fazer para melhorar a qualidade de vida de tantos. 

Estou ficando chata? Não me importo. Só não vou é ficar calada. Em nenhuma hipótese.

Hashi

hashi
[haSi] [Jap.]
Substantivo masculino plural

1.
Par de varetas us. para levar a comida à boca.


Tive que procurar palavras com a nova letra. O H não é fácil... rsrs, ou quem sabe a inspiração esteja de férias mesmo. Mas lembrei como foi o processo do Hashi na minha vida.
Existiu um tempo que (pasmem!) eu não queria nem provar sushi, quanto mais saber manusear seu principal artefato. A apreciação foi acontecendo aos poucos e o aprendizagem dos hashis acompanharam.
Os primeiro com elástico. A primeira vez sem elástico a mão deu caimbra, pois uma vez que acertei pegar não me arriscava desmanchar... rsrs
HOJE já está tudo "dominado". Tiro de letra!
Legal ver que a gente pode aprender sempre, é só ter coragem de arriscar e as vezes pagar micos!

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Gut gut gut...

Calma miolete! Calma!
Realmente nunca estive tão ausente, mas esses dias tem sido uma correria. Trabalho, família, estive dodoi, etc, etc...
Mas contribuindo pra GREVE acabar ( não gosto de greves!) estou passando bem rapidinho só pra dizer que GOSTO muito daqui desse cantinho e GOSTO muito de vocês!!!!

OBS: eu podia ter dito que amo ou adoro vocês mas como estamos na letra G... rsrs

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

GREVE!

Não é a dos bancos, estou de greve por vocês, mioletes! Somos 8, e não duas!
Só volto quando 5 mioletes diferentes postarem... (ia dizer 4, botei 5 pra contar com a borboleta enxerida, senão cadê o impacto da greve?)

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Garantia

O Direito tem um termo que adoro: garantias reais, que seria uma forma de garantir ao credor o recebimento de um pagamento, a partir da vinculação com um bem do devedor. Bom, mas Direito e Finanças à parte, vamos ao que interessa: no caso, palavras vãs. Ou, melhor falando, coisas que acabamos acreditando, que parecem coerentes e que, na verdade, são totalmente nada a ver (você, claro, pode discordar a qualquer momento das minhas divagações).

Mas vejamos... quais são os eventos que as pessoas demandam garantias? Empréstimos, relações afetivas (especificamente as amorosas), eleições... (pode me ajudar com outras, se quiser).

- Eu prometo que vou te amar pra sempre, nunca vou te trair e seremos felizes para sempre.
- E eu, que vou pagar essa dívida bobinha de R$ 237.498.321.999,99 todinha no mês que vem...
- Eu, por minha vez, prometo que vou fazer reforma política e tributária, alavancar a educação, melhorar a segurança e transformar o Brasil em uma potência mundial, ecologicamente correta e com o melhor PIB já visto.

Pra enganar a (o) primeira (o) besta, uma aliança. Pra enganar o segundo besta, um terreno imenso no interior dos cafundós, totalmente improdutivo... E pra enganar o terceiro besta? A palavra como garantia? Nem um pelinho do bigode, um cusparada seguida de um aperto de mãos? A garantia que melhor vi funcionando, se é que tem alguma que preste, é a troca de mercadorias, garantidas (kkk) pelo Direito do Consumidor.  No resto, pra mim, a vida é toda um grande risco, sem garantias.

Na vida afetiva, um voto de confiança, fundamentado principalmente no amor entre as partes (e amor, para mim, envolve respeito, sexo, amizade, tolerância... é um sentimento meio complexo. Mas nunca, jamais, se pode esquecer o respeito... E o sexo.). Garantia? Nenhuma. Pode acontecer uma pessoa (ou várias) que num minuto (ou vários) põe tudo a perder. A questão é cada um saber se vale a pena viver nessa roda gigante ou não.

No mundo financeiro, quase rola. Os bens nunca valem o que se empresta. E a justiça demora um cadin pra resolver a questão. Na minha opinião, é um risco calculado, mas se um falha, todos perdem (no caso, os bancos perdem menos, obviamente).

E na política... bom, deveria ser como o amor. Com a ausência do sexo (ou não, vide Bill Pinton). Deveria. Mas daí a pensar que os políticos brasileiros se respeitem uns aos outros e, ainda, respeitem os eleitores, é querer demais. E ainda, o eleitor exigir respeito quando elege um Tiririca (ai, meu Deus)... Daí, o percentual de fracasso é maior que o dos relacionamentos...

Não estou pregando o fim dos relacionamentos, das relações comerciais e nem dizendo que não acredito na política. Acredito sim, como mulher casada, vivendo numa sociedade capitalista e democrática (kkkk). Mas há de ser ressaltado o risco inerente a todas essas relações, e o que estamos dispostos a por em jogo em cada uma delas.

Guerrilheira

Então, segundo turno. Uma grande decepção, confesso. Uma tristeza. E um temor: que o Brasil opte pela não continuidade de um projeto de inclusão social, distribuição de renda, cidadania. Fico pensando o que leva uma pessoa a votar na Marina. Sério. Não estou querendo ofender. Mas preciso compreender. Se é uma candidatura de esquerda que se queria, bom, a Dilma estava aí, a postos. Se é a defesa dos valores conservadores e dos privilégios: ok, Serra. Engasguei. Mesmo. Mas bola pra frente.

Voto na guerrilheira. Voto nos sonhos que ela sempre soube cultivar e trabalhar pra vê-los realizados: direito de expressão, liberdade, igualdade. Voto em uma proposta de desenvolvimento com justiça social. Voto em governabilidade. Pode-se ler aqui este texto excelente: Porque eu voto em Dilma Roussef. E pode-se ler aqui o texto da Rita: Meu Vício, onde se fala de maneira tocante sobre as conquistas do Governo Lula e a importância de se dar continuidade a este projeto. 

Voto na guerrilheira, voto em quem tem garra, coragem, planos. Voto em quem tem capacidade de gerenciar. Em quem tem humildade de aprender. Em quem tem a liberdade de não se apegar a rótulos. Voto na Guerrilheira. Voto na Guerreira. Voto em uma Idéia. Voto nos sonhos que sempre tive e vejo chegando, vermelhamente, perto.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

F de Fúria

Não consigo traduzir minha indignação em palavras. Nem a dor. Quem ama muito sofre demasiado. Quem não gosta de futebol não entenderá. Mas foi como ser amputada de um sonho. Eis a carta:



Carta Aberta ao Flamengo


No dia em que aceitei o convite para ser diretor-executivo de futebol do Flamengo fiz questão de me manifestar através do meu site oficial, que sempre foi minha voz, meu canal de comunicação com as pessoas que me acompanham. E não poderia ser diferente agora que venho comunicar minha saída do clube.
Considero nesse momento que não é possível fazer no Flamengo aquilo que eu gostaria. Percebo que a minha presença não tem sido favorável e, desde a minha chegada, vem causando o descontentamento de muitas pessoas. Não há condições para eu continuar.
Estou sendo atacado injustamente, principalmente através de meus filhos, que em nenhum momento se envolveram em nada que estivesse em desacordo com os conceitos éticos e morais que aprendi com meu pai. Minha vida sempre foi calcada no trabalho, no respeito e no embate franco diante dos desafios. Não posso permitir que esse duelo covarde continue a acontecer usando a minha família, que vem se desgastando nas últimas semanas.
Queria agradecer a Patrícia pela oportunidade de tentar fazer mudanças que considero importantes para o Flamengo, não apenas no futebol profissional. Meus planos seguiam pelas divisões de base, de onde eu vim, e vislumbravam a construção de um Centro de Treinamento – que sempre foi um sonho desde os tempos em que eu ainda jogava no clube. Espero que estas sementes não sejam desperdiçadas.
Tomar uma decisão como essas não é fácil. Mas espero que todos entendam que não posso carregar comigo a desconfiança de um dos setores mais importantes do clube, o Conselho Fiscal. E não há condições de debater com essas pessoas que estão a serviço de sabe-se lá quem ou o que, dispostas a jogar sujo e minar o próprio clube.
Quando aceitei o desafio de assumir o futebol do Flamengo, sabia das dificuldades e meu discurso era no sentido de uma atuação de consenso, unindo forças dentro do Flamengo. O objetivo era angariar o apoio de quem quisesse o bem do clube.
Não travo batalhas de poder e dinheiro, jamais fiz em nenhum lugar por onde passei. Minha arma na guerra sempre foi o trabalho, a transparência e a lisura com as quais segui conduzindo cada negociação que fiz ao longo desse período como dirigente. Minha vida sempre foi aberta a quem quisesse pesquisar e, se não consegui levar o CFZ do Rio à Primeira Divisão do Rio, muita gente sabe que foi também por não me curvar aos desmandos de quem comandava o futebol carioca.
Se eu cometi erros como diretor- e sou humano para isso – saibam que agi sempre no intuito de acertar e observando o que julgava melhor para o Flamengo. Em nenhum momento desonrei quem acredita em mim.
Gostaria de agradecer ainda a cada funcionário do clube que me apoiou nesse período. Infelizmente não vai ser possível cumprimentar um a um, mas espero que todos se sintam abraçados por mim. E dizer aos jogadores, a quem eu também agradeço pelo apoio constante, que eu confio na capacidade deles de superar essa situação.
Dediquei quase toda a minha carreira como jogador profissional ao Flamengo, centenário, histórico, de muitos ídolos e que me ajudou a ser quem eu sou hoje. Esse clube, onde me formei e me tornei um ídolo, precisa voltar a ser grande. O caminho da grandeza foi perdido não agora. Lamentavelmente é fruto de anos e anos de um sistema histórico incompatível com as coisas que eu acredito.
Para mim, esta quinta-feira foi um dia especial porque nasceu meu neto Antonio, mas ao mesmo tempo morreu no meu coração esse Flamengo de hoje que está representado por essas pessoas, algumas delas que sequer conheço e atuam dentro do clube como se fossem os donos.
Ao torcedor fica meu lamento e o maior agradecimento de todos. O que ouvi ao longo do tempo foi sempre apoio, incentivo, mensagens de força. Mas realmente, nesse momento sinto que a minha presença está prejudicando o clube. É preciso união e muita gente está mais preocupada em me tirar do cargo do que com o Flamengo. Portanto eu saio.
Para encerrar, quem me conhece sabe que as acusações levianas envolvendo a minha família e o CFZ não vão ficar no esquecimento. Faço questão de ir atrás judicialmente de tudo o que foi dito dentro e fora do clube.
Até a próxima!

Futuro, a gente se vê por aí...

Pois bem, a letra F. Pode ser F de dúvida? De vontade? De preocupação? De mudança? Fico dividida entre "O que será o amanhã, responda quem puder, o que irá me acontecer, o meu destino será como Deus quiser" e  o "Amanhã vai ser outro dia". No geral, acabo como Scarlett: penso nisso amanhã. E os amanhãs vão chegando com dívidas de compra de casa, decisões sobre filho, projetos e propostas, saudades, anseios e por aí vai.

Eu escolhi uma coisa que não aconteceu e agora tenho que readaptar sonhos e expectativas. No início, rojão, nem senti. Mas agora penso. Pergunto. Inquieta, porque dói. É Caetano: virá que eu vi.