É engraçado como uma palavrinha tão boba como escola, que ouvimos desde os nossos primeiros anos de vida, pode "mudar de personalidade" e provocar tantas reações distintas ao longo do tempo...
Pra começar, na minha infância, escola não tinha muito sentido. Pra mim, o Juva sempre foi colégio. Se você me perguntar sobre minha escola, uma outra vem à minha mente... Depois, nos (hoje) doces e (então) difíceis primeiros anos da minha juventude, "a" escola: dois anos de escola técnica (depois, CEFET e hoje IF). Este significante encheu-se de significados: estudo (pouco), amizade, paqueras (kkk, naquele tempo ainda era paquera Borboleta), cultura (canto coral, aulas de sax): um tudo ali dentro. Algumas das minhas amizades mais queridas nasceram ali. Saudades.
Hoje, escuto escola e, entre outras coisas, o sentimento que me invade é raiva. Tudo isso por conta da escola que deu origem à universidade onde trabalho. A escola que deixou, em testamento escriturado, um sem-número de vícios, maus hábitos e regulamentos sem sentido. Uma escola que teve seus méritos, seu auge, mas num mundo um pouco menos transparente e muito mais politiqueiro. Não odeio essa escola, mas também não gosto muito dela. Gosto da um pouco desta universidade, gosto muito mais do que ela poderia ser.
Mas aí tem a escola do meu filho. Sim, ele não vai ao colégio, vai à escola. É um lugar lindo, não porque ele efeitivamente é (ou não), mas por ser um lugar onde meu pequeno desenvolve sua fala, sua independência, sua convivência. Essa escola, tal como um verdinho nascendo no meio do concreto, alegra e dá esperança.
3 comentários:
Taí, quando eu penso no Juva também penso como meu colégio. Escola, pra mim, é a de Frankfurt, hahaha
Nossa, minhas lembranças de escola são sempre lindas!!!!!!!!
Amei esta fase, curti tudo, ativamente!!!
Saudade boa, muito boa!!!
Também tenho saudade boa, ótima até... mas era colégio, ah, isso era.
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