Pois é. A dona do mote me explicou que precisa pouca pesquisa, é mais mergulhar no sentimento e deixar o corpo ir. Assim, devo confessar que, apesar do Olodum e dos Filhos de Ghandi, minha Bahia é louríssima e tem gosto de beijo. Pelo menos Salvador, que é tudo que conheço da musical Bahia. Já fui algumas vezes à Salvador, em idades e companhias diferentes. Mas a Bahia inesquecível é a primeira, de crachá e poucos anos, de muito futuro e pouca reflexão. É a Bahia que manda cartas, que sente saudade, que sabe fazer rir. É a Bahia de uma inocência que sou feliz de ter tido.
Mas tem outras Bahias, aqui, na memória afetiva:
1. A Bahia do Programa Legal, como Regina Casé e Luiz Fernando Guimarães...e o sempre cômico computador baiano.
2. A Bahia dos Doces Bárbaros, especialmente a Bahia da minha Bethania e seu Santo Amaro. A Bahia da voz suave de Nana e da sabedoria malemolente de Dorival e seu João Valentão.
3. A Bahia de Mãe Menininha do Gantois e uma das mais belas preces feito música.
4. A Tarde em Itapoã, que eu passei, ouvindo o mar e falando de amor. Sim, Vinícius, Saravah!
5. A Bahia dos amores fortes de Jorge Amado.
6. A Bahia de Todos os Santos e da musiquinha que nunca sai da lembrança: ah, que bom você chegou, bem vindo a Salvador, coração do Brasil; vem, você vai conhecer a cidade de luz e prazer...
7. A Bahia do Pelourinho com sua história de sangue e seu presente de festa
8. A Bahia dos acarajés (frio pra mim, por favor)
9. A Bahia da voz cantada dizendo tô retado no meu pé do ouvido
10. A Bahia dos belos lugares e das belas pessoas e da saudade que sempre pede outra visita.
Um comentário:
KKKK... Bahia lôra. Estatísticamente improvável, mas muito real. Sua Bahia é loura, dos olhos verdes e muuuuito gente fina.
Mas tb é cômica (adoro a cena da melancia), preguiçosa (imagina a rede de frente a Itapoã... eu passava a tarde, a noite...), talentosa (terra de Bethânia, precisa dizer mais?). A Bahia é plural. Adorei revisitar a boa terra por seus olhos de borboleta.
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